domingo, 17 de fevereiro de 2013

Platão.

Platão pediu para que João vivesse dos futuros.
Mas futuros tava longe e João era impaciente.
Platão prometeu terras prometidas.
Mas desejos não esperam terras prometidas.
Platão contou de um lugar ideal.
Mas o idealismo de João tinha pressa.
Platão continuou falando.
E João permaneceu vivendo.

Bárbara Cristina

Platão.

Como viver você sem falar de você?
Platonismo realizado.
Necessidade de grito ou vontade de suspiros?
Repita comigo.

Bárbara Cristina
Repetição des(amorosa).

Somos tão repetitivos. Chatos repetitivos. Insistentes repetitivos.Repetimos e ás vezes não sabemos.Repetimos e ás vezes sabemos. Sabemos e continuamos repetindo, mesmo achando, com toda a certeza que dessa vez não, inocências repetitivas. Tem gente que repete para ser desamado. Desamor é a repetição mais cruel dessa singularidade. Sim, conseguir a qualquer preço uma prova de desamor. De desapaixonamento.E aí quando repetido, um alívio, afinal, essa história dolorosa já é de capítulos anteriores, mesmo numa roupagem nova. Insistir para o outro que esse outro não te ama. Insistencia covarde. Uma tentativa, duas tentativas, (n) tentativas.Enquanto há tentativa há porque permanecer.Enquanto não se tira do outro as palavras de não apaixonamento, não há paz. Autosabotagens, boicote. Verbo confessar. Sem confessionário. Há porque se partir. Afinal, o fracasso era o amor.E o desamor, já é bem conhecido. E agora, explicitado.Confessado. Há porque se partir com o desamor confessado.

Bárbara Cristina