sábado, 26 de março de 2011

é esse amor próprio



É uma necessidade de ausentar-se.De fugir do que quer e do que não quer também.Não é fácil, mas difícil também não tem sido.Talvez porque o difícil de hoje é tão pequeno perto do difícil de antes,então acaba não sendo nada.Sinto falta, muitas vezes.Algumas saudades e lembranças talvez.Mas logo, quando sinto tudo isso, me imploro amor próprio, e ele vem, ele logo vem.Ás vezes um arrependimento vem também.Um arrepedimento por eu ter feito demas por você e por não ter feito o suficiente, mas logo em seguida, vem a única certeza, fazendo ou não, dizendo ou não, te amando ou não, nunca seria o suficiente.E o fato de nunca ser suficiente me conforta por saber que agora sim, eu entendo as coisas como deveria ter entendido bem antes.Me conforta, por saber que nenhum saudade que seja, vai fazer com que eu volte.É, é esse amor próprio mesmo que tá gritando dentro de mim e me fazendo cada vez mais submissa a ele.É esse amor próprio que não deixa eu te procurar, e consegue de certa forma manter um desprezo quando você insiste em vir.É esse amor próprio que não deixa eu ter mais sonhos com você e que quando deixa, eu fico com raiva,não mais com vontade de realizá-lo.É esse amor próprio que tornou todas as qualidades q eu enxergava em você, em defeitos, e defeitos repugnantes.É esse amor próprio que me faz forte contra qualquer tipo de recaída, ou medo de não poder te ver de novo.Hoje, não te ver de novo é tudo que eu mais quero.É , ele, que fez com que aquela paixão virasse isso...


Bárbara Cristina

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cautela de amor



Não se trata de desprezo, joguinhos, ou testes emocionais.Não estou fugindo, muito menos esquivando desse tipo de sentimento que as pessoas denominam como amor.Sim, amor.Porque, esse daí a gente sente que acontece, no cheiro, no tato e nas pequenas ocasiões.Nas construções e desconstruções.Nos trejeitos, nas palavras, nos beijos, abraços e cenas sequentes.Mas, não, antes que você pergunte, eu não fujo disso.Eu não fujo de você, muito pelo contrário, ás vezes tudo que eu mais quero é ir ao seu encontro.O que acontece é que com você as coisas são diferentes.Já cometi erros e todos eles me fizeram perceber que você não deve ser vítima daqueles mesmos erros passados. Com você não se trata de brincadeirinha, conquistinha, ou tudo no diminuitivo.É tudo tão mais sério, mais verdadeiro, mais cauteloso.Sim, com você tenho cautela, com as palvras, com as demonstrações, com o toque e com tudo ao mesmo tempo.Com você, tenho cautela, porque se eu te perder por culpa minha,dessa vez, não haverá aceitação.Já perdi tantas pessoas, você, não.Com você, equilibro, fantasio e permaneço na realidade também.Com você, cobro, mas sem tom de obrigação ou qualquer coisa do tipo, é uma cobrança gostosa, ao qual eu sei que não te incomoda.Com você faço mistérios, e deixo algumas dúvidas no ar, mas sem tirar a certeza de que eu vou tá aqui.Com você, talvez me falta ousadia, indisciplina, desequilíbrio, e todas essas coisas que a paixão pede.Mas, só por você, eu abro mão dessas coisas todas, pra que as coisas deem ou não certo, mas pra que eu tenha você na minha vida, incondicionalmente...

Bárbara Cristina

segunda-feira, 21 de março de 2011

Gigantes sentimentos


Depois de tantos tropeços, mal dizeres e histórias acabadas e mal acabadas, eu deveria ser mais objetiva com esses sentimentos que insistem em visitar.Talvez, se eu fosse mais prática, mais realista e menos Bárbara, a dor seria menor.Mas em quesito de amor, ilusões e fantasias, a dor nunca será menor.No momento em que você conscientemente, ou inconscientemente, escolhe no que acreditar, não há racionalidade, lógica ou porque que explique.Não há conselhos que te fazem mudar de idéia, ou exemplos que te faz mudar a direção.Você fica tão crédula, tão empírica, que seus sentidos captam até o que não existe.Um abraço que se torna uma necessidade, um beijo que se compara a um orgasmo e um olhar que cala todas as letras e ao mesmo tempo diz todas as palavras.Uma fala, um toque, uma história que vira objeto de análise. É como se você engradecesse as pequenas coisas e as tornassem realmente gigantes.Gigantes sentimentos, gigantes dores, gigantes fantasias...O problema da fantasia, é que quando ela acaba, ela consegue ser mais marcante do que a própria realidade, por simplesmente, ela ter acontecido exatamente da forma que você quis...E quando as coisas acontecem da forma que você quis, não há desilusão que apague, porque de um jeito ou de outro, pra você foi perfeito.Gigantes mágoas, gigantes dizeres, gigantes desamores...

domingo, 6 de março de 2011

Ser leviana


Fui leviana.Quando entrei na sua vida de forma intensa.Quando resolvi te conhecer num lugar onde os sentimentos são colocados a prova.Fui leviana quando liguei inúmeras vezes, quando mandei mensagens, quando disse, que você era indispensável na minha vida.Fui leviana, quando empolguei, quando te ensinei, quando pedi pra você voltar...Fui leviana quando entrei no seu mais íntimo, quando fiz perguntas pessoais, quando você, logo você que é tão dificil de se abrir, que é tão mais de ouvir, simplesmente me escolheu como a confiável, a insubstituível, a responsável pelos meus segredos.Fui leviana quando te ouvi por horas, quando escutei você chorando ao telefone, quando te dei poucos abraços, mas todos verdadeiros.Fui leviana,quando disse pra você não sumir, e quando em uma semana não aguentei de saudades.Fui leviana com algo que não pode ser.Até que entrei e sai da sua vida com a leviandade de uma num sei o quê.Simplesmente disse que não queria mais, que queria meu tempo, e que você estava me fazendo muito mal.Prometi pra você que podia contar comigo pra tudo, nos seus piores e melhores momentos, e logo no seu pior, eu simplesmente desapareci.Não dei conta de lidar com uma crise sua, com uma parte sua, ao qual não encaixava na representação mental que eu tinha de você.Implorei pra você não me procurar, eu só não disse some da minha vida explicitamente, mas implicitamente eu disse muito pior.E não disse muito pior também.Porque deixei você sem explicações, sem argumentações, e com frases doídas as quais diziam que eu ainda te respeitava.Wou, eu jurava e as vezes ate juro que ainda te respeitava.Se eu realmente te respeitasse, hoje eu ainda estaria aí, seja apenas como uma conhecida, ou como uma mera mais uma, mas eu ainda estaria aí, e tudo que eu não quis foi está aí.Fui leviana com seus sentimentos, com suas explicações e com todos seus pesadelos.Fui leviana com seu coração.E pra terminar, quem foi isso tudo não fui eu, foi você, o me colocar como a autora da leviandade foi só pra tentar sentir uma culpa, ao qual não é minha, e sim sua.Tenha meu perdão.

Bárbara Cristina

Medo involuntário


Não sei porque sua presença ainda me assusta.Não entendo se ainda existe amor, saudades ou apenas um medo.Quando digo medo, não se trata de me reapaixonar por você, de me viciar de novo, ou de querer você pra mim.Isso não,em nenhum momento eu sinto que isso pode acontecer.É um medo de com você de volta, uma Bárbara, voltar também. Uma Bárbara que não serve mais.Não se adapta e não enquadra em tudo que se vive agora.Tenho medo de você me questionar e de com isso eu me questionar também.Já respondi tantas questões dolorosas pra mim mesma, algumas ficaram sem respostas, e sinceramento, nem acho que devam ser respondidas.Tenho medo de ver você, e não sentir nada, ou sentir tudo.Tenho medo de querer entender o porque de tudo, sendo que no nosso caso o entender é desnecessário, é equívoco , é arriscado.Tenho medo de você não me notar, de não me reconhecer, talvez nem sequer de me conhecer, o que é mais provável.Tenho medo do tempo não conseguir ter curado nada, as vezes tenho tanta certeza que ele curou, mas vc reaparecer me faz ter dúvidas.Tenho medo de todas histórias criadas virarem realidade, sim, porque em relação a você a fantasia foi mais verdade do que a própria realidade.Tenho medo de ainda ser capaz de derramar alguma lágrima por você,já foram tantas e desde que o tempo secou todas, eu me sinto tão menos humana.Me amedronta ainda ter medo de você, ter medo do que vc fez e do que ainda pode fazer, não porque você quer, foi um fazer involuntário, ou voluntariamente apropriado...

Bárbara Cristina