domingo, 6 de março de 2011

Medo involuntário


Não sei porque sua presença ainda me assusta.Não entendo se ainda existe amor, saudades ou apenas um medo.Quando digo medo, não se trata de me reapaixonar por você, de me viciar de novo, ou de querer você pra mim.Isso não,em nenhum momento eu sinto que isso pode acontecer.É um medo de com você de volta, uma Bárbara, voltar também. Uma Bárbara que não serve mais.Não se adapta e não enquadra em tudo que se vive agora.Tenho medo de você me questionar e de com isso eu me questionar também.Já respondi tantas questões dolorosas pra mim mesma, algumas ficaram sem respostas, e sinceramento, nem acho que devam ser respondidas.Tenho medo de ver você, e não sentir nada, ou sentir tudo.Tenho medo de querer entender o porque de tudo, sendo que no nosso caso o entender é desnecessário, é equívoco , é arriscado.Tenho medo de você não me notar, de não me reconhecer, talvez nem sequer de me conhecer, o que é mais provável.Tenho medo do tempo não conseguir ter curado nada, as vezes tenho tanta certeza que ele curou, mas vc reaparecer me faz ter dúvidas.Tenho medo de todas histórias criadas virarem realidade, sim, porque em relação a você a fantasia foi mais verdade do que a própria realidade.Tenho medo de ainda ser capaz de derramar alguma lágrima por você,já foram tantas e desde que o tempo secou todas, eu me sinto tão menos humana.Me amedronta ainda ter medo de você, ter medo do que vc fez e do que ainda pode fazer, não porque você quer, foi um fazer involuntário, ou voluntariamente apropriado...

Bárbara Cristina

Um comentário:

Verbo a pulsar disse...

Traduz sentimentos comuns com uma simplicidade admirável.